João Pessoa: Porta do Sol que aquece os nossos corações há 438 anos!

Neste dia 05 de agosto João Pessoa completa 438 anos de fundação. Considerada a terceira capital mais antiga do país e a mais oriental, aqui “o sol nasce primeiro” e quem tem a sorte de morar aqui, recebe mais luz solar que qualquer habitante de outra região do país.

João Pessoa tem como características marcantes as belezas naturais de suas praias e a riqueza do seu patrimônio histórico, uma conexão perfeita entre o urbano e a natureza. De acordo com dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), João Pessoa foi a cidade do Nordeste com maior aumento de população nos últimos 12 anos. Atualmente, a cidade possui 833.932 habitantes, um crescimento de 15,26% em comparação com o último recenseamento, realizado em 2010. Na época, a capital tinha 723.515 moradores.

Como todas as cidades coloniais brasileiras, João Pessoa foi ocupada por várias ordens religiosas, entre elas os franciscanos e beneditinos, que deixaram seu legado em igrejas e edificações localizadas no Centro Histórico da cidade. A identidade arquitetônica do Centro Histórico de João Pessoa é marcada por referências tradicionais do período colonial, como o barroco, o rococó, o neoclassicismo e a art-nouveau.

Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), são 502 edificações tombadas em uma área de 370 mil m², abrangendo 25 ruas e seis praças, desde o Varadouro, nas proximidades do rio Sanhauá, até as imediações da Duque de Caxias.

A arquitetura e suas manifestações artísticas podem ser observadas no conjunto arquitetônico de São Francisco e no barroco da igreja e do convento de São Bento. Também não podemos esquecer do Teatro Santa Roza, considerado o terceiro mais antigo do Brasil. Outra edificação importante localizada no Centro Histórico é o Hotel Globo, com seu estilo neoclássico com influências da art-nouveau e art-déco.

A partir das primeiras décadas do século 20, João Pessoa passou por um período de modernização com a construção de obras que deram a feição urbana que conhecemos hoje, como os casarões. Ao longo dos anos a cidade se desenvolveu na direção das praias e se tornou famosa por combinar uma rica herança arquitetônica com espaços arborizados.

Com um vasto litoral, uma obra que merece destaque é a Estação Cabo Branco Ciência, Cultura e Artes. Erguida em 2008, foi projetada para abrigar e difundir as atividades científicas, artísticas e culturais da cidade. O complexo arquitetônico foi projetado por Oscar Niemeyer e a sua equipe de auxiliares, formada pelos arquitetos Cydno Silveira e Luiz Marçal. Com 8,5 mil m² de área construída, está localizada próximo à Zona Especial de Preservação conhecida como Parque do Cabo Branco, uma das regiões mais exuberantes da nossa capital.

Lá também se encontra o Farol do Cabo Branco, que simboliza o extremo oriental das américas – o lugar onde o sol nasce primeiro em nosso continente. Formado por uma torre triangular em concreto, três projeções pontiagudas em forma de asa a 3,5 m do chão, o farol é pintado de branco com uma faixa horizontal preta logo acima das asas. O projeto do monumento é do arquiteto e urbanista Pedro Abraão Dieb.

Bela em paisagens naturais, praias e atrações, rica em história, patrimônio, arquitetura e hospitalidade. Essa é a nossa João Pessoa, nos seus 438 anos. Parabéns à cidade onde o sol nasce primeiro!